Trata-se dos participantes dos projectos Coding Girls e Call For Ideas da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), cujas ideias de inovação vão beneficiar de incubação, treinamento, monitoria, networking e financiamento para a sua implementação.
O anúncio dos vencedores foi feito na sala do Espaço de Inovação da UEM por uma mesa de júri constituída por 5 membros. São no total 10 projectos que, após três meses de formação em matérias ligadas à programação para a criação de startups tecnológicas, verão seus projectos ganharem vida e entrarem para o mercado.
São eles os projectos: Agrofresh, Kawena, Home Pro Help, Shop Finder, Briquetes Moz e DD Jef Trans, do projecto Coding Girls e Fizix AR, Pratica Aqui, Banana Ships e Industry Care do projecto Call For Ideas.
As ideias de negócios foram apresentadas no formato de prototipagem e os participantes apresentaram soluções para problemas ligados a serviços de educação, de restauração, saúde, energias renováveis, e não só.
Amida Mazive (Briquetes Moz) de um dos projectos vencedores, disse que foi “com muita alegria” que recebeu a notícia segundo a qual o seu grupo vai beneficiar de treinamento e monitoria na fase que se segue. “Foram muitos desafios, principalmente porque estava numa área em que não era a minha área de inclinação, tive que aprender muita coisa com muita pressão, mas é bom saber que deu um resultado muito positivo”. O seu projecto consiste na disponibilização de uma alternativa energética pelo reaproveitamento de resíduos agroflorestais, em que o mesmo material é compactado para ser usado em padarias sem criar prejuízos ambientais.
Eufrásia Márcio (DD Jef Trans) não conseguiu esconder a emoção por também ver seu grupo como um dos vencedores. A proposta do grupo foi “um sistema de gestão de transportes interprovinciais que vai minimizar o tempo e outros problemas durante o processo de procura e agendamento de transporte interprovincial”. E o júri foi unânime em escolher o projecto para apoiar através da incubação e monitoria. Foi através de uma observação aos problemas do dia-a-dia dos moçambicanos que o grupo chegou à essa ideia de negócio, concluiu Eufrásia.
Os critérios de avaliação dos projectos consistiam na qualidade técnica, criatividade e inovação, grau de adequação, estética, sustentabilidade e composição de equipa técnica.
O Hackathon é financiado pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), e tem como parceiro técnico de implementação, o Espaço de Inovação da Universidade Eduardo Mondlane, estabelecido no Centro de Informática da UEM (CIUEM).